Eclodiu em São Paulo uma revolta contra o presidente Getúlio Vargas. Tropas federais de Minas Gerais foram enviadas para o Estado para conter a rebelião. O efetivo militar do Rio Grande do Sul e do Paraná ficaram em alerta prontos para marchar contra os rebeldes. Os combates da revolta, que ficou conhecidacomo Revolução Constitucionalista de 1932, duraram três meses.
Em 1930, Getúlio Vargas deu um golpe de Estado e assumiu a Presidência, em caráter provisório, mas com amplos poderes. O Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e até as Câmaras Municipais foram fechadas. Os governadores dos Estados foram substituídos por interventores nomeados por Vargas. Nessa época São Paulo, que havia sido a principal base política do regime da Primeira República, era encarado como um foco oposicionista.
O conflito armado explodiu 17
dias depois da tragédia. As tropas rebeldes se espalharam pela cidade de São
Paulo e ocuparam as ruas. A imprensa paulista defendeu a causa dos revoltosos.
Uma intensa campanha de mobilização foi deflagrada e a população aderiu ao
levante. Um grande número de pessoas se alistou para a luta. Intelectuais,
industriais e estudantes, políticos ligados à República Velha ou ao Partido
Democrático, excluído do governo por Vargas, pegaram em armas para lutar contra
a ditadura.
Governo
convoca eleições
Os rebeldes
esperavam a adesão de outros Estados, o que não aconteceu. Por fim, as tropas
federais mais numerosas e bem equipadas derrotaram os paulistas. Estatísticas
oficiais registram 830 mortos no confronto, mas esse número é contestado.
Um ano depois da revolução foram realizadas eleições para a Assembleia
Constituinte, e em 1934 foi promulgada uma nova Carta Magna. O interventor
Armando de Sales Oliveira, nomeado em agosto de1933, criou condições para a
renegociação das dívidas dos agricultores em crise e fundou a Universidade de
São Paulo.
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